Durante a cerimônia de apresentação de 78 novos ônibus que em breve integrarão a frota do transporte público do Distrito Federal, o governador enfatizou a importância de uma investigação ágil e eficaz. Ele ressaltou a necessidade de responsabilização caso haja culpados envolvidos nas possíveis irregularidades.
Na última quarta-feira, uma operação denominada Escudero foi deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público do Distrito Federal com o intuito de aprofundar as investigações acerca das suspeitas de participação de empresários e agentes públicos em irregularidades nos serviços prestados pelo Iges-DF. O instituto, criado pelo próprio governo distrital para agilizar processos de contratação, administra diversos hospitais e unidades de pronto atendimento na região.
Segundo informações da Polícia Civil, há indícios de precariedade no fornecimento de alimentos, falta de insumos adequados e direcionamento contratual favorecendo empresas subcontratadas pelo instituto. Além disso, investigadores apontam para recebimento de propina por servidores públicos em virtude do alinhamento com empresários e gestores do Iges-DF.
A operação resultou no cumprimento de vinte mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários e servidores do instituto, além da sede do Iges-DF em Brasília e em outras cidades. Após a deflagração da operação, o Conselho de Administração do instituto afastou temporariamente o diretor vice-presidente e o diretor de Administração e Logística, que são alvos das investigações.
O Iges-DF afirmou em nota que está à disposição das autoridades para colaborar nas investigações e que mantém o compromisso com a transparência e a legalidade. O Conselho de Administração, presidido pela secretária distrital de Saúde, garantiu o apoio necessário para a apuração dos fatos e para que os envolvidos possam fazer suas defesas de forma adequada.