Em uma reavaliação dos riscos, o ECDC determinou que existe uma alta probabilidade de que novos casos importados da variante 1b da mpox sejam confirmados na Europa. Contudo, a organização classificou a probabilidade de uma transmissão sustentada da doença no continente como “muito baixa”, desde que os casos sejam diagnosticados rapidamente e que as devidas medidas de controle sejam aplicadas sem demora.
Face ao intenso tráfego aéreo entre os países europeus e africanos, onde o surto da mpox está mais concentrado, o ECDC recomendou que os Estados-membros da União Europeia divulguem orientações específicas para viagens. Essas orientações são direcionadas principalmente para pessoas que planejam visitar ou estão retornando de áreas afetadas pelo surto no continente africano. Segundo avaliação da entidade, a probabilidade de infecção durante essas viagens é considerada “alta”.
Em comunicado, a agência também destacou um risco “moderado” para indivíduos dentro da União Europeia que forem contatos próximos de casos suspeitos ou confirmados da mpox importados. A diretora do ECDC, Pamela Rendi-Wagner, ressaltou a urgência da situação: “Como resultado da rápida propagação deste surto na África, o ECDC aumentou o nível de risco para a população geral da União Europeia e para viajantes que se deslocam para áreas afetadas. Devido às estreitas ligações entre Europa e África, devemos estar preparados para mais casos importados da nova variante.”
Estas medidas e alertas sublinham a necessidade de maior vigilância e ação coordenada entre os países europeus para mitigar a disseminação do vírus. A agilidade no diagnóstico e a implementação eficaz das medidas de controle são fundamentais para evitar que a variante 1b da mpox se torne uma preocupação de maior escala dentro do território europeu. Este cenário demanda uma abordagem colaborativa e uma resposta rápida das autoridades de saúde pública para conter o avanço da doença.
