SAÚDE – Enchentes no Rio Grande do Sul: Profissionais de saúde recomendam reforço na triagem de pacientes para identificar sintomas de diversas doenças.



As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul estão provocando uma série de preocupações para os profissionais de saúde da região. Os sintomas frequentes de diversas doenças, como infecções, febre e dores no corpo, têm exigido um reforço na triagem dos pacientes para garantir um tratamento adequado e para evitar a sobrecarga nos hospitais. O pesquisador Cristóvão Barcelos, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, ressaltou a importância da triagem nesse momento delicado.

Barcelos destacou a necessidade de os profissionais de saúde identificarem corretamente as doenças para garantir o tratamento adequado e evitar complicações. Ele também mencionou a importância do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) que recomendou o uso de serviços de telessaúde para esclarecer dúvidas e consultorias destinadas aos profissionais de saúde.

A situação gerada pelas enchentes também levou ao desabrigamento de muitas pessoas, que acabaram perdendo suas receitas médicas. Nesse sentido, o COE flexibilizou a obrigatoriedade de receitas em alguns casos para garantir o acesso aos medicamentos necessários. Além disso, o Ministério da Saúde enviou 100 kits de medicamentos para situações de calamidade ao estado, visando atender até 3 mil pessoas.

O secretário de Atenção Primária à Saúde e coordenador do COE, Felipe Proenço, ressaltou a importância da presença do Ministério da Saúde no estado para coordenar as ações de resposta às emergências em saúde pública. Ele destacou a necessidade de reconstrução das unidades de saúde danificadas e a oferta de atendimento médico às regiões afetadas.

O pesquisador Carlos Machado, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, alertou para o risco de aumento de doenças crônicas, como o AVC, devido à interrupção no tratamento dessas condições. Além disso, ele chamou atenção para a importância dos cuidados psicossociais e de saúde mental diante da situação de desestruturação vivida por muitas pessoas afetadas pelas enchentes.

Em meio a esses desafios, a atuação integrada dos profissionais de saúde, autoridades e entidades governamentais se mostra essencial para garantir o acesso aos cuidados necessários e a reconstrução do sistema de saúde nas áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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