A campanha ocorre simultaneamente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com a colaboração do governo federal, estados e municípios. De forma estratégica, a vacinação na região Norte começará apenas no segundo semestre, para coincidir com o inverno amazônico, levando em conta as especificidades climáticas locais.
A meta é ambiciosa: imunizar 90% do público-alvo, que totaliza mais de 81,6 milhões de pessoas. Esta população inclui crianças, idosos, gestantes e outros grupos prioritários. O aumento da vacinação é essencial, especialmente neste ano, em que um crescimento nos casos de doenças respiratórias vem sendo registrado. O Ministério da Saúde informou que foram distribuídas mais de 51,3 milhões de doses como parte desta ação nacional.
A imunização é gratuita e voltada para mais de 20 grupos prioritários, com ênfase em: crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes e puérperas; idosos com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; professores; e diversos profissionais essenciais, como os que atuam nos Correios e no sistema portuário. Além deles, pessoas com comorbidades, os que vivem em situação de rua e a população privada de liberdade também estão entre os que têm acesso à vacina.
O contexto exige atenção: de acordo com os últimos dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), neste ano já foram registrados 45.228 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com 42,9% testando positivo para algum vírus respiratório. Dentre esses, 38,4% foram causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 27,9% pelo rinovírus, e 20,7% pela Covid-19. Essa situação aponta para um cenário sério, especialmente entre crianças de até 2 anos, que têm enfrentado um número crescente de hospitalizações devido à gripe.
A mobilização do Dia D visa, portanto, não apenas intensificar a vacinação, mas também reforçar a importância da prevenção, visando garantir a saúde de milhares de brasileiros perante o aumento de doenças respiratórias no país.