Para a servidora pública Lidiane Casco, moradora de Brasília, o descarte adequado de medicamentos já faz parte de sua rotina. Recentemente, Lidiane precisou descartar metade de um vidro de antibiótico que sobrou do tratamento de seu filho. Ela levou o medicamento até uma farmácia para garantir que fosse descartado de forma correta.
Em 2023, foram descartadas corretamente 600 toneladas de medicamentos sem uso no Brasil, o dobro do ano anterior. A Campanha “Não Usou, Descartou” busca aumentar esses números e conscientizar a população sobre os danos que o descarte inadequado de medicamentos pode causar ao meio ambiente.
A farmacologista e incentivadora da iniciativa, Soraya Smaili, destaca que jogar remédios no lixo comum, no vaso sanitário ou na pia pode poluir o solo e as águas. Ela ressalta que alguns medicamentos são encontrados em reservatórios, locais de tratamento de água, rios e mares.
O descarte correto de medicamentos envolve levá-los até farmácias e outros pontos de coleta da logística reversa. No Brasil, existem aproximadamente 4 mil pontos de coleta. Soraya Smaili ressalta que todas as cidades com mais de 100 mil habitantes possuem farmácias com locais de coleta de medicamentos usados. Em algumas cidades, os coletores estão presentes nas unidades básicas de saúde.
Além dos medicamentos, as embalagens também devem ser entregues nas farmácias, incluindo cartelas de pílulas e comprimidos, garrafas de xarope e seringas medidoras. Materiais cortantes ou pontiagudos, como agulhas, devem ser descartados nas unidades básicas de saúde, que possuem os locais adequados.
A correta destinação de medicamentos é essencial para preservar o meio ambiente e evitar a contaminação de solos e águas. A participação da população é fundamental para o sucesso da campanha e para a proteção do ambiente.