O documento destaca a necessidade de uma abordagem integrada e multissetorial na luta contra as desigualdades em saúde. A proposta visa não apenas combater as doenças, mas também atacar suas causas raízes, como a pobreza e a exclusão social. A intenção é promover maior solidariedade entre os países do BRICS, mobilizando recursos e promovendo a inovação para garantir um futuro mais saudável para todos.
Inspirada pelo Programa Brasil Saudável, que busca enfrentar questões sociais e ambientais que impactam a saúde de populações vulneráveis, a nova parceria procura eliminar doenças frequentemente negligenciadas por nações mais abastadas. Doenças como tuberculose, hanseníase, malária, dengue e febre amarela, são frequentemente rotuladas como “doenças da pobreza” e não recebem a atenção devida em pesquisas nos países ricos.
A presidência brasileira no BRICS expressou satisfação com a aprovação da parceria, ressaltando que esta é uma conquista significativa para a equidade em saúde. O comunicado enfatiza o comprometimento do bloco em enfrentar as disparidades de saúde que afetam as populações mais vulneráveis.
Na mesma declaração, os países participantes também reforçaram a importância da cooperação no combate à tuberculose, resistência antimicrobiana e na melhoria das capacidades de prevenção de doenças, tanto transmissíveis quanto não transmissíveis. Ressaltaram ainda a troca de experiências no que tange à medicina tradicional e saúde digital.
Além da parceria para a eliminação das doenças socialmente determinadas, foram aprovados outros três documentos: a Declaração Marco sobre Finanças Climáticas, a Declaração sobre Governança Global da Inteligência Artificial e, claro, a já mencionada parceria. O detalhamento da Parceria deverá ser apresentado nesta segunda-feira (7), dia em que acontecerá uma sessão plenária voltada ao Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global. Esta cúpula do BRICS está sendo marcada por um forte compromisso com a melhoria da saúde global e a busca por justiça social.