O HPV é responsável pelo câncer de colo de útero, sendo o terceiro tumor mais incidente e a quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil, com aproximadamente 17 mil novos casos e 7 mil óbitos anuais. A meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% do público-alvo, que inclui meninas e meninos de 9 a 14 anos. Para isso, é fundamental aumentar a imunização entre os meninos, pois desde 2014 a proporção de meninos vacinados contra o HPV tem sido 24,2 pontos percentuais inferior à das meninas.
Apesar do principal impacto do HPV ser no câncer de colo de útero, o vírus também pode causar câncer em outras regiões do corpo, como pênis, ânus, boca e garganta. E como a principal forma de transmissão é sexual, a imunização dos meninos é crucial para evitar a disseminação do vírus.
O diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, ressaltou a importância da vacinação nas escolas para garantir a imunização antes do início da vida sexual e do contato com o vírus. Ele destacou que a vacina contra o HPV é altamente eficaz e segura, e que a retomada da vacinação nas escolas tem contribuído para alavancar as coberturas.
Durante o II Simpósio Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil, no Rio de Janeiro, Gatti anunciou um investimento do PNI na busca ativa de jovens de 15 a 19 anos não vacinados contra o HPV, estimando que quase 3 milhões de pessoas nessa faixa etária ainda não foram imunizadas. Os estados com as maiores porcentagens de jovens não vacinados são Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal, Roraima e Amapá.
O diretor do PNI ressaltou a importância de intensificar as estratégias de vacinação nos municípios com as piores coberturas e destacou os desafios de acesso em um país de dimensões continentais. Além disso, enfatizou a necessidade de uma comunicação eficaz e da implementação de programas de vacinação nas escolas para conscientizar os jovens sobre a importância da imunização contra o HPV.









