Ao todo, foram registrados 38 mil casos da doença no Brasil, com a Região Norte apresentando a maior taxa de detecção, seguida pela Região Sul. A maioria dos casos foi identificada entre homens, cerca de 27 mil, e a faixa etária mais atingida foi de 25 a 29 anos.
As mortes por AIDS em 2023 totalizaram 10.338, sendo este o menor registro desde 2013. O Ministério da Saúde atribuiu o aumento de casos ao aumento da oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um método preventivo distribuído de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Brasil alcançou a marca de 109 mil usuários em tratamento com PrEP em 2023, em comparação a 50,7 mil em 2022. Esta elevação nos diagnósticos fez o país dar um passo importante em direção à meta de eliminar a AIDS como um problema de saúde pública até 2030, compromisso assumido com as Nações Unidas.
A meta da ONU prevê que 95% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, 95% delas estejam em tratamento antirretroviral e, dentro do grupo em tratamento, 95% tenham o vírus em um estado intransmissível. Atualmente, o Brasil apresenta percentuais de 96%, 82% e 95%, respectivamente, de acordo com o Ministério da Saúde.
O desafio agora é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida e garantir que todos os diagnosticados tenham acesso ao tratamento necessário. A luta contra o HIV/AIDS continua, mas o Brasil está avançando rumo a um futuro com menos casos e menos óbitos relacionados à doença.