Desde a primeira emergência de mpox, decretada entre 2022 e 2023, a vigilância da doença tem sido uma prioridade para o Ministério da Saúde. A pasta vem monitorando de perto as diretrizes e informações compartilhadas pela OMS, além de outras instituições internacionais. Isso permitiu ao ministério atualizar suas recomendações e elaborar um plano de contingência que visa mitigar o impacto da mpox no Brasil.
Segundo dados recentes divulgados pelo ministério, no ano de 2024 foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox no país. Este número é substancialmente inferior aos mais de 10 mil casos registrados em 2022, durante o auge da primeira emergência da doença. Desde 2022, também foram contabilizados 16 óbitos devido à mpox, sendo o mais recente ocorrido em abril de 2023.
Em relação à imunização, o Brasil deu início à vacinação contra a mpox em 2023, coincidindo com a primeira emergência global da doença. A vacinação foi feita com uma dose provisória liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e teve como foco pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Até o momento, mais de 29 mil doses foram administradas.
Com a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde, o Ministério da Saúde reforça o compromisso do governo brasileiro em adotar medidas eficazes para controlar a mpox. A estabilidade no número de casos e a ampliação da vacinação são indicadores de que o plano estratégico está no caminho certo, mas a vigilância e a prontidão continuam sendo essenciais para evitar um novo surto da doença.
Esse esforço não só reflete a prontidão das autoridades sanitárias brasileiras, mas também destaca a importância de colaboração e troca de informações em âmbito global. A mpox, como qualquer outra emergência de saúde pública, exige uma resposta coordenada e rápida para minimizar seu impacto na população. A criação do COE simboliza a determinação do Brasil em permanecer alerta e preparado para futuras adversidades no campo da saúde pública.