A doença era considerada endêmica apenas na região metropolitana do Recife, englobando cidades como Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. O último caso confirmado foi registrado em 2017 pelo Ministério da Saúde. A filariose linfática é causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, infectado com larvas do parasita. Os sintomas mais comuns incluem edemas nos membros, nos seios e na bolsa escrotal, levando à incapacidade do paciente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) parabenizou o Brasil pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. De acordo com o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, essa conquista é fruto de um compromisso inabalável e demonstra um progresso significativo no combate às doenças tropicais negligenciadas em todo o mundo.
Com a eliminação da filariose linfática, o Brasil se junta a outros 19 países e territórios que também foram certificados pela OMS. No entanto, ainda existem áreas endêmicas em países como República Dominicana, Guiana e Haiti, onde é necessária a administração em massa de medicamentos para interromper a transmissão da doença.
A OMS estabeleceu como meta eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030. A estratégia adotada inclui a administração de quimioterapia preventiva para interromper a infecção. Com isso, espera-se reduzir o impacto dessas doenças na população mundial e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.