Outro dado alarmante apresentado no boletim refere-se à elevada incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre crianças de até 2 anos, com um número expressivo de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), que tem afetado várias regiões do país. Entretanto, há um sinal de desaceleração no crescimento dos casos de SRAG vinculados ao VSR, especialmente na Região Centro-Oeste, onde o aumento começou a ser observado no final de fevereiro. Apesar disso, a taxa ainda é considerada alta em algumas áreas do Sudeste, Norte e Nordeste.
Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, enfatiza que, embora exista uma desaceleração no crescimento da SRAG, a incidência continua substancial, destacando a necessidade de cautela. Apesar da diminuição dos casos relacionados ao Sars-CoV-2 (Covid-19), este vírus permanece como a principal causa de mortalidade entre os idosos nas últimas semanas, seguido pela influenza A.
No que diz respeito à faixa etária de 2 a 14 anos, observa-se uma queda no número de novos casos, mas o crescimento persiste entre os jovens, adultos e idosos. Diante desse cenário, Portella recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados e dentro dos postos de saúde. Caso surjam sintomas de gripe, a orientação é que os indivíduos permaneçam em casa, e, se necessário sair, que o façam utilizando máscara.
Além disso, a pesquisadora fez um apelo à população que ainda não se vacinou contra a influenza A, pedindo que busquem a vacinação o mais breve possível. O boletim também aponta que 13 dos 27 estados brasileiros estão em estado de alerta, risco ou alto risco quanto à SRAG, incluindo Amapá, Bahia, Ceará, e São Paulo, refletindo a gravidade da situação.








