Os dados revelam que o vírus influenza A está com uma prevalência considerável na faixa etária infantil, seguida pela população idosa. Nas últimas quatro semanas, uma análise dos óbitos indicou que 72,5% das vítimas fatais estavam infectadas pela influenza A, enquanto apenas 1,4% eram causados pela influenza B. Outras viroses, como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), rinovírus e Sars-CoV-2, também se mostraram presente, mas com porcentagens menores.
No que tange às hospitalizações por VSR, que afeta principalmente crianças pequenas, os números começaram a mostrar uma leve diminuição em estados como São Paulo, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Por outro lado, a situação da influenza A permanece crítica, com estabilização em algumas regiões, como Mato Grosso do Sul e Pará, que apesar da estabilização, ainda apresentam índices alarmantes de incidência.
Os dados por faixa etária reforçam que o aumento de casos de SRAG em crianças de até 4 anos é principalmente impulsionado pelo VSR, enquanto o rinovírus e a influenza A também têm contribuído para a alta nos casos entre essa faixa etária e na de 5 a 14 anos. Já entre os adultos e jovens a partir dos 15 anos, a influenza A se destaca como o principal agente causador dos casos de SRAG.
Diante desse panorama, a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, enfatiza a importância da vacinação como uma estratégia crucial. Ela ressalta que é fundamental que crianças, idosos e outros grupos prioritários sejam vacinados. “A vacina ainda leva cerca de 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo se imunizar, melhor”, alerta a especialista.
A preocupação com a saúde pública é crescente, e a mobilização para enfrentar a influenza A torna-se cada vez mais necessária. A orientação da comunidade médica é clara: a vacinação é um passo essencial para proteger os mais vulneráveis e conter a propagação do vírus.