Esse crescimento vertiginoso está atrelado, em grande medida, à circulação dos vírus Influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que têm levado muitos pacientes a serem hospitalizados. Entretanto, algumas localidades, como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, além do Distrito Federal, começam a observar sinais de queda ou estabilização nos casos. Apesar disso, a taxa de hospitalizações por SRAG nesses estados ainda é considerada alarmante.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, alerta que a influenza A está impactando todas as idades, mas os idosos são os mais afetados. Enquanto isso, o VSR se destaca como a principal causa de internações entre crianças. A especialista reforça a importância da vacinação contra a gripe como uma estratégia defensiva crucial, ressaltando que uma alta cobertura vacinal pode ajudar a diminuir os casos graves e, consequentemente, as internações.
Além disso, recomenda-se cautela em locais fechados com alta aglomeração, sugerindo o uso de máscaras ao surgirem sintomas de gripe ou resfriados. O boletim também destaca que as internações por SRAG em crianças estão em ascensão no Brasil, embora algumas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Norte estejam mostrando indícios de interrupção nesse crescimento.
Entre os idosos, cidades como Aracaju, Belo Horizonte e Brasília apresentam um aumento significativo nos casos. De maneira preocupante, a prevalência de doenças respiratórias se distribui ao longo de várias faixas etárias, atingindo jovens e adultos em diversas capitais. Nos últimos quatro meses, a prevalência revela que a Influenza A representa 40% dos casos positivos, seguida pela VSR com 45,5%. Os dados sobre óbitos devido a esses vírus são igualmente preocupantes, com a Influenza A sendo responsável por 75,4% dos casos fatais.
A situação, portanto, reforça a necessidade de vigilância e medidas proativas para o manejo e prevenção da SRAG em todo o país.