SAÚDE – Aumento da SRAG por covid-19 em estados do Sudeste e Centro-Oeste preocupa, principalmente no Rio de Janeiro.


O boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (14) revela um aumento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à covid-19 em alguns estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. O estado mais afetado pelo aumento é o Rio de Janeiro, porém, também foi observado um leve aumento nos casos de SRAG por covid-19 no Espírito Santo, em Goiás e em São Paulo. É importante ressaltar que esse aumento está ocorrendo principalmente na população adulta.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, afirmou que, embora o ritmo de crescimento não seja alarmante, é necessário chamar a atenção para a importância da testagem e da vacinação em dia, de acordo com a faixa etária. Segundo Gomes, a vacina e a recomendação das doses de reforço são fundamentais para diminuir o impacto do crescimento da covid-19. Ele alerta que as pessoas que não estão em dia com a vacinação devem procurar o posto de saúde mais próximo para se protegerem e evitar o desenvolvimento de casos graves.

O pesquisador orienta que qualquer pessoa que apresente sintomas de resfriado ou gripais, como dificuldades respiratórias, tosse, espirros e desconfortos no corpo, deve procurar um posto de saúde ou o médico da família para fazer a testagem para covid-19. Além disso, é aconselhável fazer repouso, ficar em casa e realizar o isolamento. Essas medidas são importantes não apenas para a recuperação individual, mas também para diminuir a circulação de vírus respiratórios na população, seja o causador a covid-19 ou qualquer outro vírus respiratório. Gomes reforça que as pessoas que precisam sair de casa devem usar máscara de proteção.

Em nível nacional, o boletim InfoGripe indica uma queda nos novos casos de SRAG nas últimas seis semanas, tanto nas tendências de longo prazo quanto de curto prazo. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos para vírus respiratórios foi de 2,9% para influenza A, 0,9% para influenza B, 13,3% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 35,6% para Sars-CoV-2 (covid-19). Já entre os óbitos, a presença desses vírus entre os casos positivos foi de 2,7% para influenza A, 0,0% para influenza B, 2,7% para VSR e 78,7% para Sars-CoV-2 (covid-19).

No que diz respeito aos estados e capitais, sete estados apresentam sinal de crescimento de SRAG nas tendências de longo prazo, sendo eles: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe. Em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás e Sergipe, o crescimento está concentrado nas faixas etárias de 5 a 14 anos. Em Roraima, o aumento se concentra nas crianças com até 4 anos de idade.

No Rio de Janeiro, o crescimento é observado na população adulta. Já no Espírito Santo, em Goiás e em São Paulo, também foi observado um leve aumento em algumas faixas etárias da população adulta.

Quanto aos óbitos notificados por SRAG, independentemente de febre, foram registrados, este ano, 8.057, sendo que 51,2% deles tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 41,6% foram negativos e pelo menos 2,1% aguardam resultado laboratorial. Dos resultados positivos deste ano, 11,4% foram para influenza A, 5,7% para influenza B, 8,0% para VSR e 69,6% para Sars-CoV-2 (covid-19).

Em relação às capitais, oito delas apresentam sinal de crescimento de SRAG, são elas: Aracaju, Boa Vista, Fortaleza, Macapá, Maceió, Palmas, Rio de Janeiro e Salvador. Em Aracaju, Boa Vista, Fortaleza, Macapá e Salvador, o crescimento está concentrado principalmente nas crianças e pré-adolescentes (até 14 anos de idade).

No Rio de Janeiro, foi observado um aumento em todas as faixas etárias que envolvem a população adulta. Em Maceió e Palmas, o sinal ainda não é claro, porém, na capital alagoana, foi observado um leve aumento nas crianças pequenas (até 2 anos) e na faixa etária de 15 a 49 anos.

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