Além disso, os casos importados de dengue também tiveram um aumento expressivo no continente europeu. Em 2022, foram registrados 1.572 casos importados, enquanto em 2023 esse número disparou para mais de 4.900 – o maior já registrado desde que o monitoramento de casos na Europa teve início em 2008.
As informações são do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Segundo a entidade, vários países europeus já reportaram um aumento nos casos importados de dengue em 2024, o que levanta preocupações sobre a possibilidade de os números deste ano superarem os do ano passado.
A diretora do ECDC, Andrea Ammon, destacou a relação entre as mudanças climáticas e a propagação de doenças transmitidas por mosquitos na Europa. Ela ressaltou a importância de medidas de proteção individual, controle de vetores, detecção precoce de casos e sensibilização para evitar a disseminação da dengue no continente.
O ECDC alertou para a presença do Aedes albopictus, transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika, que está se expandindo para o norte, leste e oeste da Europa, com populações autossustentáveis em pelo menos 13 países. O Aedes aegypti, outro vetor dessas doenças, também se tornou endêmico em Chipre.
A preocupação é que esses mosquitos possuem capacidade de transmitir patógenos e têm preferência por picar humanos. Além disso, o mosquito Culex, conhecido como pernilongo no Brasil, tornou-se nativo na Europa e está presente em todos os países da região.
O ECDC alerta que as mudanças climáticas terão um impacto significativo na propagação de doenças transmitidas por mosquitos na Europa, e é essencial adotar medidas preventivas e de controle para evitar um aumento desses casos na região.