Diante da gravidade da situação, 14 municípios já emitiram decretos de situação de emergência para combater o avanço da dengue. Essas medidas visam permitir a implementação urgente de ações voltadas para a prevenção e controle do surto, conforme definido pelo Ministério da Saúde.
O infectologista Thiago Morbi alertou que as condições climáticas, como as chuvas frequentes e o calor característicos do verão, criam um ambiente propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue. Essa situação associada à urbanização desordenada contribui para a proliferação dos criadouros do mosquito em áreas densamente povoadas.
O Departamento Regional de Saúde de Araçatuba apresenta o maior coeficiente de incidência da dengue no estado, com 909 casos confirmados para uma população de 721 mil habitantes. Já em São José do Rio Preto, um dos municípios com situação de emergência decretada, a incidência da doença também é preocupante, com 708 casos confirmados para uma população de 1,6 milhão de pessoas.
Para conter o avanço da dengue, foi instalado o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses em São Paulo. Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue como estratégia complementar, apesar da limitação de produção do laboratório fabricante.
Com um histórico de milhões de casos prováveis e milhares de óbitos registrados em anos anteriores, o Brasil tem adotado medidas preventivas e de controle das arboviroses. O país lançou o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, com o objetivo de reforçar as estratégias de prevenção e resposta às epidemias.
A população deve estar atenta aos sintomas da dengue, como febre alta, dores de cabeça, musculares e articulares, além de prostração e dor atrás dos olhos. É fundamental procurar imediatamente um serviço de saúde ao apresentar esses sinais, para um diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença.