Recentemente, delegações lideradas pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se encontraram em Riad para abordar o futuro das relações bilaterais, incluindo a situação da Ucrânia. Durante as discussões, o governo norte-americano expressou um desejo de estabelecer bases para uma futura cooperação em áreas de interesse mútuo e explorar oportunidades econômicas que poderiam surgir após a resolução do conflito.
No entanto, muitos analistas permanecem céticos quanto à viabilidade desse diálogo. Nicolai Petro, professor de ciência política na Universidade de Rhode Island, destaca que a interação econômica significativa entre os dois países é inconcebível enquanto as sanções estiverem em vigor. Ele questionou se a suspensão das sanções pelos EUA seria acompanhada por um movimento similar por parte da União Europeia, indicando uma falta de confiança nas intencionalidades dos países ocidentais.
Desde o início das sanções, a Rússia tem buscado alternativas para contornar as restrições. O presidente Vladimir Putin argumentou que as tentativas do Ocidente de conter o crescimento econômico da Rússia são parte de uma estratégia de longo prazo. De acordo com dados recentes, empresas norte-americanas enfrentaram perdas significativas que ultrapassam os US$ 300 bilhões (equivalente a cerca de R$ 1,7 trilhão), um imposto econômico sério impulsionado pela decisão de encerrar suas operações na Rússia.
Na realidade, a cooperação geopolítica já existia, embora limitada, e um dos principais obstáculos continua sendo a divergência nas visões dos líderes russos e americanos sobre o futuro do cenário global. Enquanto isso, as sanções mostram-se não só como uma barreira à interação econômica, mas também como um fator que pode influenciar a economia global em um contexto mais amplo. A complexa dinâmica entre esses países continua a ser um tema relevante e em evolução, que merece atenção constante.