O ministro húngaro destacou que as sanções afetam diretamente a empresa petrolífera NIS, que possui uma significativa participação da Gazprom Neft, resultando em uma potencial escassez de petróleo no mercado europeu. Essa situação pode gerar uma demanda crescente por derivados de petróleo num momento em que a oferta já apresenta limitações. Para Szijjarto, essa dinâmica está longe de ser meramente econômica; é uma questão da segurança energética da região. Ele assegurou que a Hungria irá intensificar os esforços para colaborar com parceiros regionais, buscando mitigar os impactos adversos que essas sanções podem causar.
É importante ressaltar que as novas sanções dos EUA não se restringem apenas a NIS. Na última sexta-feira, mais de duzentas empresas e indivíduos vinculados ao setor de energia russo foram alvo das medidas, além de mais de cento e oitenta embarcações envolvidas no transporte de petróleo e gás. O objetivo explícito dessas sanções é cercear o acesso de Moscou a mercados internacionais e, consequentemente, reduzir suas receitas oriundas das exportações de petróleo e gás.
No contexto global, essas sanções são percebidas como parte de uma estratégia mais ampla dos EUA para desestabilizar a capacidade da Rússia de financeiramente sustentar suas atividades militares e políticas agressivas. No entanto, o impacto sobre os países da Europa Central suscita debates sobre a sustentabilidade de tais medidas, considerando que a região já enfrenta desafios significativos em sua segurança energética e na estabilidade econômica. As declarações de Szijjarto refletem uma preocupação crescente entre os líderes da região sobre como equilibrar as relações políticas e a necessidade de garantir um fornecimento de energia estável e acessível para suas populações.