Saiba a eficácia das vacinas contra COVID-19 aplicadas no Brasil



Para imunizar a população brasileira contra o coronavírus SARS-CoV-2, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou de forma definitiva ou emergencial o uso de quatro vacinas: Covishield (AstraZeneca/Oxford); CoronaVac; Pfizer/BioNTech; e Janssen (Johnson & Johnson). Além disso, foi autorizada a importação especial de algumas doses da Covaxin e da Sputnik V. Em comum, todas as fórmulas obtiveram uma eficácia de pelo menos 50% contra a COVID-19.

Na campanha nacional de imunização contra a COVID-19, os brasileiros não podem escolher o imunizante que querem tomar. Isso porque há uma quantidade limitada de doses disponíveis e, nesse cenário, todos os imunizantes aprovados são importantes para que se amplie a cobertura vacinal do país contra o coronavírus. No entanto, as fórmulas adotam diferentes tecnologias que promovem a imunização e, consequentemente, apresentam diferentes taxas de eficácia.

Vale explicar que a taxa de eficácia representa, de forma ideal, a capacidade de uma vacina impedir completamente uma infecção, como a do coronavírus. Quando a taxa geral é de 50%, significa que uma pessoa vacinada tem 50% menos chances de se contaminar, quando é comparada com aquelas que não se vacinaram.

Dessa forma, é comum pensar que quanto maior for essa taxa, melhor. No entanto, isso nem sempre é verdade. De modo geral, os imunizantes são desenvolvidos para impedir o agravamento da doença, ou seja, para que a pessoa tenha menos riscos de contrair uma forma grave e/ou morrer em decorrência da doença. Em outras palavras, as vacinas não costumam impedir 100% nenhuma doença.

A seguir, confira o que os estudos clínicos de cada um dos imunizantes, em uso no Brasil, descobriram sobre a sua eficácia:

Eficácia da AstraZeneca/Oxford

Em estudos clínicos realizados nos Estados Unidos, Peru e Chile, a vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, a Covishield, apresentou eficácia de 79% na prevenção de infecções sintomáticas. Este novo número é maior que o, inicialmente, divulgado de 70%, durante o estudo de Fase 3.  No Brasil, as doses são produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Eficácia da CoronaVac

No caso da CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac, diferentes taxas de eficácia foram divulgadas em cada localidade onde foi testada. No Brasil, o estudo do Instituto Butantan verificou uma eficácia geral de 50,7% e de 83,7% a 100% para casos moderados e graves. No estudo clínico da Turquia, a vacina preveniu 83,5% dos casos sintomáticos da doença. Agora, no Chile, a taxa chegou a 65,9% contra casos sintomáticos.

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