O sistema Tobol, inicialmente concebido para proteger os satélites russo de possíveis interferências, passou por uma reconfiguração para atacar as operações de comunicação e navegação por satélite. De acordo com informações disponíveis, a Rússia teria estabelecido pelo menos sete complexos Tobol em seu território e três instalações especificamente voltadas para monitorar sinais do sistema Starlink na região oriental da Ucrânia.
Por outro lado, o Kalinka, um sistema de guerra eletrônica chamado de “assassino de Starlink”, se destaca por sua capacidade não apenas de detectar, mas também de interromper as comunicações entre os terminais do Starlink e os satélites. Esse sistema é uma preocupação crescente para os Estados Unidos e seus aliados, especialmente porque pode interferir nas operações de drones ucranianos e nas comunicações militares.
Além disso, o Kalinka possui a habilidade de identificar terminais associados ao Starshield, a versão militar do Starlink, o que aumenta ainda mais seu potencial de ataque contra as operações ucranianas. Essa tecnologia representa um desafio significativo para as forças ucranianas, que se tornaram altamente dependentes da comunicação via satélite para coordenação e operações em tempo real.
Não é apenas a Rússia que está investindo em tecnologias de combate ao Starlink; a China também está desenvolvendo capacidades semelhantes, evidenciando uma nova era na guerra eletrônica onde a supremacia espacial pode decidir o resultado de conflitos no futuro. O impacto dessa corrida armamentista em tecnologia de guerra será profundo, refletindo nas capacidades de defesa e ataque de países em conflito ao redor do mundo.