No total, a UE importou cerca de 297,9 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado. Desse total, a contribuição russa elevou sua participação de 14,2% em 2023 para 18,3% em 2024. A Noruega se manteve como a principal exportadora de gás, com um fornecimento de 93,3 bilhões de metros cúbicos, um leve aumento em relação aos 90,3 bilhões do ano anterior.
Por outro lado, os Estados Unidos, que em 2023 ocupavam a segunda posição no ranking de exportadores de gás para a UE, enfrentaram uma redução em suas exportações. O fornecimento americano caiu quase 18% em 2024, resultando em apenas 51,3 bilhões de metros cúbicos de gás encaminhados ao continente europeu. Essa diminuição fez com que a participação dos EUA no mercado europeu recuasse de 19,7% para 17,2%, permitindo assim que a Rússia recuperasse espaço perdido anteriormente.
Essas mudanças no mercado energético europeu refletem não apenas a dinâmica das relações internacionais, mas também o impacto de políticas energéticas e conflitos geopolíticos que influenciam a segurança do abastecimento energético na região. Com a crescente dependência de gás natural, a volta da Rússia ao papel de segundo maior fornecedor para a UE traz uma nova complexidade ao cenário energético europeu, especialmente em um momento em que muitos países buscam diversificar suas fontes de energia e reduzir a dependência de países em situações políticas instáveis.
O aumento das exportações russas pode ter repercussões significativas, tanto para a economia do país quanto para a estratégia energética da União Europeia, que continua a navegar entre interesses econômicos e questões de segurança. Essa situação evidencia a interdependência entre os países e destaca a fragilidade das relações internacionais no setor energético.