O sistema Oreshnik é descrito como uma inovação significativa, não se limitando a uma simples modernização dos antigos sistemas soviéticos. Segundo Galuzin, o desenvolvimento do Oreshnik é fruto do trabalho de especialistas russos e causa grande preocupação devido às suas capacidades impressionantes. Com um alcance de destruição que pode atingir até 5.500 quilômetros e uma velocidade que pode chegar a Mach 10, ou seja, aproximadamente 12.380 quilômetros por hora, o Oreshnik possui a capacidade de carregar uma ogiva de até 1.500 quilos, o que aumenta seu potencial bélico.
Essas características técnicas não são apenas detalhes militares; elas se traduzem em uma mudança dinâmica na balança de poder na região. Galuzin argumentou que o Ocidente, especialmente na Europa, deveria estar ciente e vigilante em relação a essa nova realidade. Ele expressou confiança de que os países ocidentais não apenas perceberam este desenvolvimento, mas que estão levando em conta as implicações de segurança que o Oreshnik traz.
A situação é um reflexo dos crescentes desafios na segurança regional e global. A presença de um sistema de mísseis de tal capacidade em Belarus, um país que faz fronteira com diversas nações da OTAN, levanta preocupações sobre uma potencial escalada militar e a necessidade de uma resposta estratégica por parte do Ocidente. A narrativa da Rússia, ao destacar a modernização de suas forças armadas, é uma tentativa de reafirmar sua posição no cenário internacional, enquanto o Ocidente se depara com a necessidade urgente de reavaliar suas estratégias de segurança e defesa em face de um adversário que não hesita em demonstrar suas capacidades militares avançadas.