O BRICS, que inicialmente foi formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou por uma expansão significativa nos últimos anos. Com a inclusão de novas economias emergentes, como a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e, mais recentemente, a Indonésia, o grupo atingiu um novo patamar, com 11 membros permanentes. Além disso, uma série de países, incluindo Argélia, Belarus e o próprio Vietnã, são considerados associados ao BRICS, o que demonstra a crescente influência do bloco no cenário internacional.
Em relação à cooperação nuclear, a Rússia se mostrou disposta a colaborar na reconstrução do setor de energia nuclear do Vietnã, com ênfase na modernização de projetos anteriores. O diretor-geral da Rosatom, Aleksei Likhachev, confirmou o interesse da Rússia em retomar o projeto da usina nuclear de Ninh Thuan 1, um acordo que havia sido firmado em 2010, mas que acabou sendo cancelado em 2015 por questões de viabilidade.
A proposta russa inclui a construção de uma nova usina nuclear, que seria mais moderna e segura, composta por dois reatores. Além disso, um novo reator de pesquisa é projetado para começar a ser construído no Vietnã em 2027, com capacidade de 15 megawatts, conforme anunciando por Likhachev. Essas iniciativas refletem não apenas a vontade dos dois países de estreitar laços, mas também uma visão mais ampla de colaboração no setor de energia, visando o desenvolvimento sustentável e a segurança energética.
Esse fortalecimento das relações entre a Rússia e o Vietnã no contexto do BRICS pode ter implicações significativas na política internacional, especialmente em um mundo em que as alianças e os blocos econômicos estão em constante transformação. A integração do Vietnã ao BRICS reforça a ideia de um “Sul Global” mais unido e colaborativo, capaz de moldar um novo ordenamento econômico e político global.