Rússia se consolida como segundo maior fornecedor de gás natural liquefeito à Espanha, diante de novo cenário energético europeu em 2024.



A Rússia tem se destacado como o segundo maior fornecedor de gás natural liquefeito (GNL) para a Espanha em 2024. Com um volume estimado em 72.360 gigawatts-hora (GWh), correspondente a 21,3% do total importado pela nação ibérica, a performance da Rússia no setor energético é notável, especialmente considerando o contexto geopolítico atual. Os dados foram revelados através de um boletim da Enagás, empresa responsável pela gestão de gás na Espanha.

Em contraste, a Argélia lidera o fornecimento, contribuindo com 38,5% das importações de GNL entre janeiro e dezembro de 2024. Os Estados Unidos ocupam a terceira posição no ranking, com 16,6% das entregas. Notavelmente, no mês de dezembro, a Rússia enviou 5.485 GWh de GNL para a Espanha, um indicativo de sua contínua relevância para o mercado espanhol.

Em termos mais amplos, a Europa como um todo adquiriu um volume sem precedentes de 17,8 milhões de toneladas de GNL da Rússia em 2024, segundo análises de empresas especializadas. Essa informação emerge em um momento de desafios significativos para a União Europeia, que enfrenta uma nova crise energética. A situação é exacerbada pela diminuição das reservas de gás, a chegada do inverno rigoroso e as sanções impostas pelos Estados Unidos ao banco russo Gazprombank, que facilitava as transações financeiras para as importações do petróleo russo.

Vale ressaltar que o contrato que permitia o trânsito do gás russo pela Ucrânia expirou em 31 de dezembro de 2024. Durante o ano passado, o gasoduto transportou cerca de 15,5 bilhões de metros cúbicos de gás, o que representou aproximadamente 4,5% do consumo total de gás na União Europeia. Apesar das tentativas de várias nações europeias de reduzir a dependência do gás russo, dados recentes indicam que os volumes de GNL importados da Rússia superaram os fornecidos anteriormente via Ucrânia até o final de 2024. Esse cenário revela a complexidade das relações energéticas na região e como a Europeia se vê atada aos recursos de seu principal fornecedor, Moscou, mesmo em tempos de tensão política.

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