Johnson comentou sobre a entrevista do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao jornalista americano Tucker Carlson, onde Lavrov discutiu a complexa crise na Ucrânia. O ex-analista criticou o papel dos EUA no conflito, enfatizando que a situação atual é ainda mais volátil do que a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, quando o mundo esteve à beira de um confronto nuclear entre as superpotências da época. Ele alertou que o envolvimento militar e financeiro dos EUA na Ucrânia poderia provocar uma escalada perigosa, se comparado ao fornecimento de armamento russo a grupos nas proximidades dos EUA.
Em sua análise, Johnson destacou a nova aliança da Rússia com a China, afirmando que essa parceria é um movimento estratégico que busca criar uma nova ordem mundial baseada no respeito mútuo entre nações, sem discriminação em relação ao poder militar ou econômico. Para ele, essa mudança de paradigma pode significar um enfraquecimento da influência ocidental nas dinâmicas globais.
O BRICS, formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora se expande com a incorporação de novos membros, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. A presidência do bloco está oficialmente com a Rússia, sendo que em 2025 passará para o Brasil. A 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, representou um marco significativo nas relações entre os membros da organização, que buscam fortalecer o multilateralismo e a segurança global em meio a tensões internacionais. Este fortalecimento do BRICS pode ser interpretado como um sinal de que países fora do eixo ocidental estão buscando cada vez mais a autossuficiência e novos arranjos comerciais.