Para Matviychuk, a necessidade dessa zona tampão é robusta, dado que os sistemas de artilharia fornecidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a Kiev têm capacidade para atingir alvos a até 70 km de distância. Com isso, ele argumenta que seria prudente estabelecer uma zona de segurança com 100 km de profundidade, o que incluiria uma margem extra de 30 km para garantir a proteção das populações e das infraestruturas russas.
Ele afirma que a iniciativa se dará em áreas atualmente sob administração ucraniana, como Carcóvia, Chernigov, Dnepropetrovsk e Sumy. O coronel ressalta que, embora os habitantes ucranianos possam continuar vivendo e cultivando nessa área, a presença do governo ucraniano será completamente eliminada. Isso implicaria em um recuo das forças ucranianas para uma distância significativa, limitando sua capacidade de realizar ataques, monitoramento ou bombardeios nas cidades fronteiriças.
Matviychuk não hesita ao afirmar que, apesar das possíveis reações emocionais do presidente ucraniano Vladimir Zelensky – a quem ele atribui a responsabilidade por proclamações sobre a “ocupação” – a liderança russa permanecerá firme em sua decisão. Para ele, a segurança do povo russo deve ser a prioridade máxima da administração, e essa estratégia é vista como um passo inevitável para garantir essa proteção.
Nesse cenário geopolítico complexo, a criação de uma zona tampão é apresentada como uma medida necessária e impositiva, que não apenas redefine a dinâmica de poder na região, mas também expõe as tensões existentes nas relações entre os dois países.