Rússia interrompe fornecimento de gás pela Ucrânia após fim de contrato, afirma Gazprom, acentuando crise energética na Europa e conflitos entre os países.



Em um desenvolvimento significativo nas relações de energia entre Rússia e Ucrânia, a Gazprom, a principal empresa de gás da Rússia, comunicou a suspensão do fornecimento de gás pelo território ucraniano a partir da manhã de hoje. O corte se dá em razão do término do contrato firmado entre a Gazprom e a Naftogaz, a empresa estatal de gás da Ucrânia. Este acordo, que durou cinco anos, não foi renovado, levando a Gazprom a afirmar que não possui mais a capacidade técnica ou legal de prosseguir com o fluxo de gás.

A decisão foi anunciada oficialmente às 08h00, horário de Moscou, que corresponde a 02h00 no horário de Brasília. A Gazprom detalhou que a interrupção do fornecimento foi motivada pela “recusa repetida e explícita” da parte ucraniana em estender os acordos existentes, situação que, segundo a gigante russa, a impediu de continuar operando normalmente. A empresa frisou a impossibilidade de operar sem um contrato em vigor, destacando os complicados contornos da relação entre os dois países.

O momento é marcado por tensões contínuas entre Rússia e Ucrânia, exacerbadas pelo conflito militar que se arrasta desde 2014. A guerra resultou em rupturas significativas nas relações comerciais entre os dois países, especialmente no setor energético, que sempre foi um eixo central para a economia ucraniana. A interrupção do fornecimento pode ter implicações profundas não apenas para a Ucrânia, mas também para a Europa, que depende consideravelmente do gás russo.

A repercussão da notícia já é sentida nos mercados europeus, onde o preço do gás natural experimentou um aumento considerável nas últimas horas. Com a possibilidade de um inverno rigoroso à frente, a falta de gás russo pela Ucrânia coloca mais pressão sobre a já delicada situação energética do continente. Os países europeus estão agora buscando alternativas para minimizar o impacto da interrupção, à medida que a segurança energética se torna uma prioridade em meio a uma crise geopolítica em curso.

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