O ditador norte-coreano Kim Jong Un visitou a Rússia em setembro, onde conheceu fábricas responsáveis pela produção de caças Su-35 e visitou instalações da Marinha russa. Após a visita, trens carregados de projéteis de artilharia norte-coreana começaram a integrar o suprimento de tropas russas na Ucrânia, com estimativas apontando que um milhão de munições foram fornecidas. Essa cooperação militar tem gerado preocupações sobre o impacto desestabilizador que essa parceria pode ter na região.
Por sua vez, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, visitou Moscou em dezembro para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Durante a visita, Raisi buscou garantir a entrega de aeronaves russas sofisticadas e defesas aéreas, o que reforçaria o poder militar do Irã e o protegeria de eventuais ações ofensivas por parte dos EUA e de Israel.
A China também tem demonstrado interesse nessa aliança, embora ainda não tenha se juntado militarmente. A possibilidade de uma futura adesão chinesa à coalizão Rússia-Irã-Coreia do Norte é motivo de preocupação para os EUA e seus aliados, que veem nessa aliança um desafio à ordem global estabelecida.
Esses países têm alinhado cada vez mais suas posições não apenas na Ucrânia, mas em outras crises que os colocam em confronto com os EUA e seus aliados. A formação da sigla CRINKs (China, Rússia, Irã e Coreia do Norte) para denotar essa coalizão reflete a preocupação crescente com a influência desses países no cenário internacional.
A senadora americana Jeanne Shaheen destacou a importância da coordenação diplomática entre esses países, ressaltando que a Rússia dá ao Irã e à Coreia do Norte aceitação e credibilidade, enquanto a China fornece à Rússia o apoio de uma potência global. Essa coalizão representa um desafio significativo para os interesses dos EUA e de seus aliados, e deve ser acompanhada de perto nos próximos anos.