Diferentemente dos sistemas convencionais que utilizam supercondutores, o novo computador russo apresenta vantagens notáveis, como maior estabilidade e eficiência energética, além de uma menor taxa de erros. Este avanço se traduz em um progresso significativo em relação ao anterior modelo de 20 qubits, que havia sido lançado no início de 2024. A corrida russa em direção aos computadores quânticos mais potentes é acompanhada de perto pelo excepcional progresso da China. O computador Jiuzhang, desenvolvido pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China, obteve a primazia na computação quântica fotônica ao atingir a denominada supremacia quântica. Outro projeto de destaque, o Zuchongzhi 3.0, conta com impressionantes 105 qubits, superando seu predecessor, o Zuchongzhi 2.0, que possuía apenas 66 qubits.
Além desses, o computador Origin Wukong, com 72 qubits, também alcançou um marco importante ao registrar mais de 20 milhões de acessos remotos de usuários em mais de 100 países. A comparação com os sistemas ocidentais evidencia um mercado competitivo. Nações como os Estados Unidos e diversos membros da União Europeia têm suas inovações, como o processador Sycamore, do Google, com seus 53 qubits, e o sistema Quantum One, da IBM, que foi o primeiro computador quântico comercial. Contudo, tanto a Rússia quanto a China estão determinados a superar as soluções ocidentais, investindo no desenvolvimento de computadores quânticos mais avançados e menos propensos a erros, solidificando sua posição como líderes emergentes nessa nova era tecnológica.
O futuro da computação quântica promete transformações significativas na maneira como lidamos com dados, segurança cibernética e inteligência artificial, áreas em que os avanços da Rússia e da China podem ter um impacto crucial nas dinâmicas globais.