De acordo com o comunicado oficial, os líderes militares concordaram em intensificar as atividades conjuntas, buscando fortalecer os laços entre os dois países. A cooperação militar é vista como uma extensão do apoio bilateral que se consolidou ao longo dos anos, especialmente na perspectiva de desafios geopolíticos atuais. Essa reunião ocorre em um contexto onde as interações entre os países BRICS – um bloco que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – têm se intensificado.
Na semana anterior à cúpula do BRICS em Kazan, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa havia enfatizado a importância da relação com a Rússia. Em um encontro bilateral com o presidente Vladimir Putin, Ramaphosa declarou que a África do Sul considera a Rússia uma “aliada valiosa” um suporte incondicional durante os tempos de luta contra o apartheid. Essas declarações destacam não apenas a relação histórica entre os dois países, mas também a intenção de continuar a fortalecer esses laços em diversas frentes.
Na cúpula em Kazan, Ramaphosa mencionou que haveria discussões significativas sobre a dinâmica do BRICS, ressaltando o papel da Rússia no fortalecimento da cooperação entre os membros do grupo, muitos dos quais enfrentam desafios similares em suas políticas externas. Essa posição é sintomática de um desejo de criar um bloco mais coeso e resistente às pressões externas.
Esses desenvolvimentos refletem uma nova fase nas relações militares e diplomáticas entre a Rússia e a África do Sul, sugerindo um futuro promissor para a colaboração em segurança, defesa e outros domínios críticos, em um cenário internacional em rápida mudança. As interações entre líderes militares de ambos os países sinalizam a seriedade com que estão tratando essa parceria, que pode desempenhar um papel crucial na formação de alianças estratégicas na era contemporânea.