O ministro Odongo confirmou que Uganda está atualmente analisando a proposta e avaliando os procedimentos necessários para decidir sobre a aceitação do convite. Em suas declarações, ele enfatizou a importância potencial do BRICS para o país, considerando que a associação poderia trazer novas oportunidades dentro do atual cenário internacional, que é marcado por uma crescente multipolaridade.
A África, segundo Lavrov, enfrenta desafios que muitas vezes não são adequadamente abordados por instituições globais tradicionais, levando os países do continente a buscar novos aliados, muitas vezes alinhados com as visões e interesses da Rússia. Essa mudança de foco pode refletir uma busca por alternativas que ofereçam apoio mais direto e eficaz às necessidades regionais.
O BRICS, formado em 2006, vem se expandindo e se fortalecendo ao longo dos anos. Coletivamente, os membros do bloco têm promovido uma agenda que prioriza o desenvolvimento equitativo e a segurança em um mundo que está em constante transformação. Recentemente, o grupo se ampliou com a inclusão de novos membros, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, consolidando sua presença no cenário global.
A 16ª Cúpula do BRICS, que ocorreu em outubro deste ano em Kazan, Rússia, contou com a participação de representantes de 36 países, sublinhando a relevância da cooperação internacional em um contexto de múltiplas crises e oportunidades. No evento, foram abordadas questões de grande importância, como o fortalecimento do multilateralismo e a busca por um desenvolvimento global mais justo.
Com essa proposta, Uganda se vê à porta de um novo caminho, onde as oportunidades proporcionadas por alianças estratégicas podem ajudá-la a traçar uma trajetória de crescimento e desenvolvimento, em busca de soluções que atendam às suas necessidades e aspirações. A decisão final do país sobre o convite do BRICS poderá moldar não apenas seu futuro econômico, mas também suas relações diplomáticas na esfera global.