Rússia conquista apoio na ONU com resolução contra glorificação do nazismo, recebendo votos de 119 países, incluindo o Brasil.



No dia 18 de dezembro de 2024, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução proposta pela Rússia, que visa combater a glorificação do nazismo e ações que fomentem formas contemporâneas de racismo e discriminação. O apoio à proposta foi expressivo, com a adesão de 119 países, incluindo a participação do Brasil, enquanto 53 nações votaram contra e 10 optaram pela abstenção.

Dentre os países que se posicionaram contra a resolução, destacam-se os Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Japão e Ucrânia, mostrando uma divisão significativa nas posturas de apoio e oposição. Por outro lado, a resolução recebeu respaldo de diversas nações, como Argentina, Egito, Índia, Israel, entre outros, refletindo um consenso internacional em algumas partes do globo sobre a importância de políticas que previnam a ascensão de ideologias extremistas.

O texto da resolução defende que as nações adotem medidas concretas – tanto no âmbito legislativo quanto educacional – para honrar e proteger os direitos humanos, além de preservar a verdade histórica sobre a Segunda Guerra Mundial. Este lembrete é crucial em um contexto global onde a revisão da história é um tema recorrente e preocupante.

Um ponto notável na redação da resolução é a condenação explícita de atos relacionados à propaganda e glorificação do nazismo, o que inclui a deterioração dos monumentos que homenageiam as vítimas da guerra. Esses atos têm gerado polêmica e gerado reações diversas nas sociedades contemporâneas.

Durante a votação, houve também uma emenda proposta por países ocidentais, que insinuava que a Rússia estava tentando justificar suas ações militares na Ucrânia como uma luta contra o neonazismo. A Rússia, no entanto, rejeitou tal emenda, ressaltando a delicadeza envolvida nas relações internacionais atuais.

Essa resolução acaba por se inserir em um debate mais amplo sobre como as sociedades modernas lidam com o legado da história, o racismo e a proteção dos direitos fundamentais em um momento em que o extremismo e a intolerância estão emergindo em várias partes do mundo. A efetividade da resolução, no entanto, ainda dependerá da implementação de ações por parte dos países que a apoiaram.

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