Rússia, China e Paquistão propõem trégua entre Israel e Irã em reunião do Conselho de Segurança da ONU para promover a paz no Oriente Médio.



Em um movimento diplomático significativo, Rússia, China e Paquistão apresentaram uma proposta de trégua oficial entre Israel e Irã no Conselho de Segurança da ONU, destacando a necessidade de um cessar-fogo duradouro na região. O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, anunciou a atualização do projeto em uma reunião que abordou a questão da não proliferação nuclear e a participação do Irã no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Nebenzya afirmou que a nova proposta visa garantir a supervisão da trégua, afirmando que medidas adicionais podem ser adotadas pelos membros do Conselho para assegurar seu cumprimento.

Esse movimento surge em um contexto de tensão persistente entre os dois países, com a diplomacia israelense expressando reservas sobre a necessidade de um envolvimento mais profundo da ONU. O representante de Israel, Danny Dalton, se manifestou contra a resolução, enfatizando que, na visão israelense, um cessar-fogo já havia sido acordado tacitamente entre as partes. No entanto, ele deixou em aberto a possibilidade de um envolvimento futuro da ONU, indicando um reconhecimento da complexidade da situação.

Durante a mesma reunião, Nebenzya não escondeu sua surpresa com a presença de um representante israelense, destacando que Israel não é signatário do TNP. Ele enfatizou que “o mundo inteiro gostaria” que Israel aderissem a esse importante tratado, que tem como objetivo prevenir a proliferação de armas nucleares e promover a cooperação em energia nuclear pacífica. A questão se torna ainda mais crítica à medida que a discussão sobre o programa nuclear do Irã avança. O diplomata iraniano Amir Saeid Iravani comemorou a iniciativa e afirmou que o momento atual representa uma oportunidade ímpar para negociações sérias em torno das questões nucleares e de sanções.

Por fim, a proposta de trégua enviada à ONU não apenas reflete a incerteza no cenário geopolítico, mas também acende a esperança de que as negociações possam ser uma porta para a estabilidade no Oriente Médio. O engajamento multilateral, sinalizado por essa nova iniciativa, poderá desempenhar um papel crucial na redução das tensões entre essas nações historicamente adversárias.

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