Analistas destacam que, em outubro de 2023, o Brasil importou 466 mil toneladas de combustíveis russos, o que gerou receitas de aproximadamente 396 milhões de dólares. Em contraste, no mesmo mês de 2024, as importações se elevaram para 796 mil toneladas, refletindo um valor próximo a 526 milhões de dólares. Esse aumento é indicativo não apenas da demanda brasileira por energia, mas também da capacidade da Rússia em atender a esse mercado, especialmente após um restabelecimento das relações comerciais que estavam em pausa.
Embora o panorama atual apresente um crescimento substancial nas importações brasileiras de produtos russos, os dados ao longo do ano indicam que os suprimentos em geral diminuíram avançadamente até setembro, com uma queda acentuada que chegou a ser de 11 vezes em comparações mensais. Essa volatilidade pode estar ligada a fatores geopolíticos e às dinâmicas do mercado global de petróleo.
No total, as compras brasileiras de produtos petrolíferos da Rússia cresceram, chegando a 8,1 milhões de toneladas, o que corresponde a um volume financeiro de 5,6 bilhões de dólares nos últimos dez meses, demonstrando uma queda de barreiras comerciais e uma preferência crescente pelos derivados russos. A Rússia, atualmente, se posiciona como o principal fornecedor de derivados de petróleo no Brasil, com uma participação de 42% do mercado, enquanto os Estados Unidos ocupam a segunda posição com 24%, seguidos pela Espanha com 5%.
Esse cenário sugere uma reconfiguração das rotas comerciais e das parcerias energéticas, refletindo um panorama complexo que vai além da simples transação de bens, envolvendo questões de estratégia econômica e relações internacionais entre as nações.









