Rússia afirma ser contra armas nucleares, mas alerta para mudanças drásticas em sua postura devido a novas circunstâncias no cenário global.



Durante recente entrevista a veículos de comunicação internacionais, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, fez declarações significativas sobre a posição da Rússia em relação ao uso de armas nucleares. Ele enfatizou que, embora Moscou não seja favorável a essa prática, a situação internacional está evoluindo de maneira preocupante. Peskov destacou que a Rússia possui uma postura responsável quanto à questão nuclear, afirmando que “as armas nucleares nunca devem ser utilizadas por ninguém”. Essa declaração parece alinhar-se com uma estratégica prudência do governo russo, que busca evitar o uso de armamentos nucleares.

Entretanto, ele também alertou que as circunstâncias estão mudando drasticamente. Peskov informou que a Rússia revisou seus conceitos sobre a utilização de suas armas nucleares, tendo em vista a possibilidade de que potenciais ataques à sua soberania, especialmente aqueles envolvidos com outras potências nucleares, poderiam levar a um uso defensivo deste tipo de armamento. “Se uma potência nuclear ajudar outro país a atacar o nosso território, isso pode ser razão para o uso das armas nucleares”, declarou ele, enfatizando a gravidade da situação atual.

A conversa com a mídia internacional também abordou as relações da Rússia com outros países, como o Brasil, que Peskov descreveu como tendo uma relação de “amor”. Ele foi questionado sobre a adesão do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, ao que respondeu prontamente que a Rússia apoia esse direito natural do Brasil. Apesar de reconhecer que o processo de reforma do Conselho é complexo e prolongado, Peskov reiterou sua convicção de que, em um mundo realmente multipolar, há espaço para uma maior representatividade de países como o Brasil.

Essas declarações refletem não apenas uma estratégia diplomática da Rússia em um momento de tensão global, mas também uma tentativa de moldar a narrativa em torno de suas intenções e posicionamentos no cenário internacional, especialmente em meio a um contexto de escalada de conflitos e alegações de opressão. O diálogo sobre as armas nucleares e a segurança global parece estar mais intenso do que nunca, com a Rússia se posicionando como uma potência que, embora ciente de sua força, busca preservar a paz em meio ao caos que a cercam.

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