O diálogo sobre a “Rota Trump” ganhou destaque após uma reunião em Washington entre o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, e os presidentes dos Estados Unidos e do Azerbaijão, Donald Trump e Ilham Aliyev, respectivamente. Desse encontro, surgiu uma declaração que visava estabelecer um novo clima de paz e colaboração entre as nações envolvidas. A proposta inclui a criação de uma infraestrutura que não apenas beneficia o Azerbaijão, mas também promete trazer ganhos econômicos e de segurança para a Armênia.
Mirzoyan enfatizou que, apesar da possibilidade de desenvolvimento de infraestrutura que a “Rota Trump” traria — incluindo ferrovias e oleodutos —, o controle e a segurança da terra por onde passará esse corredor permanecerão sob a jurisdição armênia. Ele destacou que a construção e a administração deste projeto devem ser realizadas em parceria com os Estados Unidos e um terceiro país, ainda a ser determinado.
Além disso, o chanceler armênio argumentou que a implantação deste projeto resulta em diversas vantagens econômicas para a Armênia, oferecendo garantias adicionais em termos de segurança. Para viabilizar a proposta, no entanto, será imprescindível traçar uma demarcação clara das fronteiras, o que incluirá o hasteamento das bandeiras de ambas as nações, além da implementação de postos de fronteira com serviços de imigração e alfândega.
O primeiro-ministro Pashinyan já afirmou anteriormente que a “Rota Trump pela paz e prosperidade” poderia se tornar o maior projeto de investimentos da história contemporânea da Armênia. A iniciativa não só beneficiaria as relações comerciais entre a Armênia e o Azerbaijão, mas também permitiria que países como Irã e Rússia estabelecessem novas conexões ferroviárias vantajosas. Enquanto isso, a Armênia está disposta a conceder aos Estados Unidos direitos exclusivos de longo prazo sobre o desenvolvimento desse corredor de trânsito, sinalizando um novo capítulo nas relações internacionais da região.