Em uma postagem no Instagram, Ronaldo ironizou um manifesto assinado por 19 federações que apoiaram a decisão judicial em favor do afastamento de Ednaldo, questionando “Agora?” com um emoji pensativo. Ao desistir de sua candidatura, o Fenômeno expressou sua frustração com a falta de diálogo nas negociações e mencionou que apenas quatro federações estavam dispostas a apoiá-lo. “Não pude apresentar meu projeto e levar minhas ideias como gostaria. Não houve abertura para o diálogo”, lamentou na época.
Com o afastamento de Ronaldo, Ednaldo Rodrigues conseguiu uma aclamação inédita. Apesar disso, Ronaldo ressaltou que sua oposição não teria caráter oportunista: “Ele não é meu inimigo, e eu não sou inimigo dele”, declarou em um programa de TV, deixando claro que suas críticas são direcionadas à gestão, não à pessoa.
A crise na CBF se agrava com a investigação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sobre a autenticidade da assinatura do coronel Nunes, uma figura central no respaldo à continuidade da presidência de Ednaldo. Uma perícia revelou indícios de falsificação do documento, levantando questões sobre a capacidade cognitiva de Nunes, que está com sérios problemas de saúde.
Além disso, a relação entre a CBF e o Supremo Tribunal Federal (STF) é alvo de escrutínio, com potenciais conflitos de interesse envolvendo o ministro Gilmar Mendes, que é investigado devido a vínculos com a CBF Academy. Mendes negou os pedidos de afastamento de Ednaldo, mas a situação continua tensa, com novas eleições sendo convocadas e denúncias de gestão temerária e assédio emergindo na Comissão de Ética da confederação.
Em meio a essa turbulência, a CBF anunciou Carlo Ancelotti como o novo técnico da seleção brasileira, uma movimentação que muitos veem como uma vitória política para Ednaldo. Contudo, o líder afastado enfrenta um cenário repleto de desafios, incluindo a perda de apoio das federações apenas 52 dias após a reeleição. As próximas semanas serão decisivas para o futuro da confederação e suas lideranças.
