Romênia encontra possíveis restos de drone russo em seu território, levantando preocupações sobre soberania nacional


O governo romeno anunciou nesta quarta-feira a descoberta de possíveis restos de um drone em seu território, o que poderia confirmar as afirmativas da Ucrânia de que artefatos explosivos russos caíram em seu país. Inicialmente, a Ucrânia havia sido desmentida pelo governo de Bucareste, que negava a presença de qualquer vestígio em território romeno.

Segundo o ministério da Defesa romeno, os investigadores encontraram os fragmentos na noite de terça-feira, na cidade romena de Plauru, localizada em frente ao porto fluvial ucraniano de Izmail, no rio Danúbio, que separa os dois países. Estudos técnicos serão realizados para determinar a origem dos restos e as conclusões serão divulgadas posteriormente.

O presidente romeno, Klaus Iohannis, que havia negado anteriormente a presença de vestígios em solo romeno, afirmou que a confirmação de que os elementos pertencem a um drone russo seria “completamente inadmissível”. Iohannis ressaltou que isso representaria uma grave violação da soberania e integridade territorial da Romênia. O presidente informou aos aliados da Otan sobre o ocorrido por meio de seu embaixador.

A Otan manifestou sua solidariedade à Romênia, conforme comunicado do porta-voz da Aliança Atlântica, Dylan White. Ele ressaltou que a Otan continua monitorando a situação com atenção e destacou que a presença da Aliança foi reforçada na região do Mar Negro desde o início da guerra.

Desde a suspensão do acordo que facilitava a exportação de cereais pela Ucrânia pelo Mar Negro, em julho, a Rússia intensificou os bombardeios na região. Isso tem gerado preocupação nos países vizinhos, incluindo membros da Otan, devido à proximidade com importantes portos e infraestruturas comerciais.

A Ucrânia tem relatado suspeitas de ataques russos em países vizinhos ao longo dos últimos 18 meses de guerra. Um dos incidentes mais graves foi registrado em novembro passado, na Polônia, quando uma explosão causada pela queda de um míssil matou duas pessoas na fronteira com a Ucrânia. Posteriormente, a Otan confirmou que o artefato havia sido lançado pela defesa aérea ucraniana após uma falha. A situação continua sendo monitorada com atenção pelos países envolvidos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!



Botão Voltar ao topo