“Roger Waters emociona público carioca em provável última apresentação no Rio: rock’n’roll, ativismo e alta tecnologia”



O aclamado músico britânico Roger Waters realizou o que pode ser sua última apresentação no Rio de Janeiro, no Estádio Nilton Santos. Com 80 anos de idade, ele entregou um espetáculo de rock’n’roll e ativismo em um ambiente high-tech, com telões gigantes e mensagens políticas em alta definição.

O show começou com um atraso de 20 minutos, devido às enormes filas que se formaram do lado de fora do estádio, um problema recorrente em eventos desse tipo. No entanto, assim que a performance começou, o público se entregou totalmente, aplaudindo, cantando e se emocionando com as músicas e as mensagens transmitidas.

Os telões gigantes foram uma parte fundamental do espetáculo, exibindo imagens poderosas e textos políticos. Em um momento memorável da apresentação, Roger apareceu no papel de um enfermeiro que trazia um homem em estado vegetativo em uma cadeira de rodas, enquanto cantava a clássica música “Comfortably numb”. Essa foi apenas uma das maneiras criativas e impactantes que ele encontrou para transmitir suas ideias.

Além dos sucessos do Pink Floyd, como “Us and them” e “Another brick in the wall Part 2”, Roger também apresentou músicas de sua carreira solo. No entanto, diferentemente de outras turnês que trouxe ao Brasil, dessa vez ele não focou em nenhum álbum específico da banda. Isso permitiu uma maior diversidade no repertório, embora algumas das canções de sua carreira solo não tenham se encaixado tão bem com os clássicos.

Durante o show, Roger também aproveitou para expressar seu ativismo político, criticando os presidentes dos Estados Unidos e lembrando de crimes cometidos contra minorias oprimidas, como palestinos, pessoas trans, negros, povos originários e mulheres, incluindo Marielle Franco. Essas mensagens foram transmitidas através dos telões e também em seu discurso, que misturou informações históricas com comentários atuais.

Em meio a todo o ativismo, Roger também encontrou espaço para histórias pessoais e homenagens. Ele relembrou Syd Barrett, fundador do Pink Floyd que deixou a banda por problemas de saúde mental, e dedicou músicas a ele. Também fez uma homenagem ao cantor Bob Dylan, utilizando trechos de uma de suas canções em uma de suas próprias composições.

Ao fim do espetáculo, ficou evidente que Roger Waters se entregou totalmente à performance. Com energia e talento, ele cantou, dançou, tocou vários instrumentos e mostrou estar em plena forma, mesmo aos 80 anos de idade.

A turnê “This is not a drill” está percorrendo várias cidades brasileiras e, embora não esteja promovendo um álbum em específico, ela traz consigo a essência do trabalho de Roger Waters: uma mistura de entretenimento, viagem de tapete mágico e falação política. Certamente, é um espetáculo que ficará na memória dos fãs e dos espectadores que tiveram a oportunidade de presenciá-lo.

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