A profundidade média padrão do Rio Paraguai é de 5 metros, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que já havia feito um alerta sobre o menor nível histórico do rio dias antes. A queda no nível do rio tem implicações diretas na economia e no meio ambiente da região, afetando o turismo, a pesca e o abastecimento de comunidades ribeirinhas.
A seca histórica que atinge a Região Hidrográfica Paraguai tem sido acompanhada de perto pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo SGB, que alertaram sobre a possibilidade de atingir uma mínima histórica na bacia do rio. A escassez de chuvas na região desde outubro de 2023 tem contribuído para a situação crítica, afetando não apenas a biodiversidade, mas também as comunidades humanas que dependem dos recursos hídricos.
As perspectivas de recuperação dos níveis na Bacia do Rio Paraguai não são otimistas, com projeções indicando uma recuperação lenta e gradual. A década tem sido marcada por estações chuvosas insuficientes para repor as reservas, o que coloca em risco não só a navegação do rio, mas também a atividade econômica e a sustentabilidade da região.
Diante desse cenário preocupante, a Marinha tem emitido alertas constantes para a navegação no Rio Paraguai, devido à piora nas condições do leito do rio. A necessidade de precaução é reforçada, já que o afloramento de bancos de areia e rochas tem representado um perigo para os navegantes. A consulta aos boletins diários de avisos-rádio náuticos é fundamental para garantir a segurança de quem trafega pela região.
A situação crítica do Rio Paraguai também levanta questões sobre a gestão dos recursos hídricos e a necessidade de medidas urgentes para garantir a preservação desse importante curso d’água. A comunidade científica e os órgãos de controle ambiental ressaltam a importância de ações efetivas para lidar com os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade da região, que enfrenta desafios cada vez maiores devido à escassez de chuvas e à seca prolongada.