Apesar de liderar as pesquisas, Nunes enfrenta desafios que podem prejudicar sua jornada rumo à reeleição. Apoiado por uma coligação de 12 partidos, o candidato do MDB detém 65% do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, o que o coloca em uma posição privilegiada em relação aos seus adversários. No entanto, em um eventual segundo turno, essa vantagem se igualaria, uma vez que tanto ele quanto seu oponente teriam o mesmo tempo de exposição na mídia.
A pesquisa Datafolha realizada recentemente revelou algumas vulnerabilidades na campanha de Nunes. Apenas 16% dos eleitores que declararam apoio ao candidato afirmam ter certeza de seu voto e estar dispostos a comparecer às urnas. Em comparação, Boulos conta com 37% de votos convictos, enquanto Marçal possui 27%. Além disso, 60% dos eleitores de Nunes escolhem o candidato por falta de opção, e 44% ainda não sabem em quem votar.
Na pesquisa eleitoral, 16% dos entrevistados afirmam votar em Nunes sem a lista de candidatos, mas esse número aumenta para 32% quando os nomes são apresentados, indicando uma possível mudança de voto. A atenção se volta para os debates que ocorrerão antes do primeiro turno, onde Nunes e Marçal terão a oportunidade de confrontar suas ideias e propostas. A presença de eleitores do presidente Bolsonaro nas intenções de voto também chama a atenção, com uma divisão entre Nunes e Marçal.
Diante desse cenário, a reta final da campanha promete ser decisiva para Ricardo Nunes e seus concorrentes, que buscarão conquistar a confiança dos eleitores e garantir uma vaga no segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo.