Segundo a apuração feita pelo Financial Times (FT), o presidente-executivo da Auterion, Lorenz Meier, afirmou que o sistema operacional da Auterion permitirá ao cliente reunir todos os drones em uma única base e integrar diferentes fabricantes em uma arquitetura comum. Essa união tem como objetivo garantir a comunicação entre os sistemas autônomos, considerados uma “força tática” com significativo poder de fogo.
De acordo com Timo Haas, diretor digital da Rheinmetall, no conflito na Ucrânia existe uma variedade de mais de 200 sistemas aéreos não tripulados diferentes. Garantir o treinamento militar adequado para a operação desses sistemas é caro e demorado, e ainda assim não garante a interoperabilidade entre eles. Para resolver esse problema, a Auterion, juntamente com outras empresas, está participando de uma iniciativa do Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver um padrão de código aberto para sistemas autônomos, buscando tornar os sistemas da OTAN interoperáveis.
Analisando a situação de forma mais ampla, é visível que a Rheinmetall tem se destacado como a grande vencedora ocidental do conflito na Ucrânia. A empresa recebeu financiamento público e viu um aumento nos gastos com defesa por parte dos governos europeus, especialmente diante das ameaças do presidente norte-americano da época, Donald Trump, de não manter a aliança caso não houvesse um aumento nos investimentos em defesa e equipamentos militares.
Essa parceria estratégica entre a Rheinmetall e Auterion é um exemplo do avanço tecnológico e da necessidade de adaptação e inovação nas indústrias de defesa em resposta às transformações e desafios enfrentados nos conflitos modernos.
Por Sputnik Brasil.
