De acordo com Ovchinnikov, as pequenas espaçonaves podem ser classificadas em três categorias principais. A primeira é a constelação, que consiste em um grupo de satélites com um objetivo comum, mas com controle individual de cada nave. O segundo tipo é o voo em formação, no qual os satélites realizam tarefas similares e operam em proximidade, variando de 10 metros a 100 quilômetros de distância. Já o terceiro é o enxame, caracterizado pela ausência de uma orientação centralizada, onde o movimento de cada nave depende das informações recebidas de seus vizinhos.
O professor ressaltou que não há uma resposta definitiva sobre qual método é mais eficaz: utilizar uma única espaçonave grande ou um enxame de satélites. Para tarefas que exigem sistemas ópticos extensos, como a obtenção de imagens detalhadas da Terra, uma espaçonave grande e cara seria a escolha mais adequada. No entanto, a implantação de um enxame de satélites possibilita substituições mais ágeis e econômicas em caso de falhas, mantendo a eficiência da missão.
Um dos principais benefícios dos pequenos satélites é o baixo custo associado a eles. O professor mencionou que a missão CubeSat 12U para a Lua em 2023 teve um custo de apenas US$ 30 milhões, demonstrando a viabilidade econômica desses projetos inovadores. Além disso, pesquisadores do Instituto de Matemática Aplicada Keldysh planejam lançar uma missão para Marte em uma pequena espaçonave de 92 kg, indicando o potencial de expansão das aplicações interplanetárias dessas tecnologias.
Diante dessas perspectivas, é evidente que os pequenos satélites representam uma revolução na exploração espacial, ampliando as possibilidades de estudo de asteroides e abrindo caminho para missões interplanetárias mais acessíveis e eficientes. Com um custo reduzido e capacidade de substituição facilitada, essas espaçonaves prometem desempenhar um papel cada vez mais relevante no avanço científico e espacial.