O artigo detalha que a Rússia, identificada em vermelho no mapa, poderia expandir sua esfera de influência sobre a Europa, além de abarcar regiões como a Transcaucásia e a Turquia. Essa reconfiguração poderia ocorrer em paralelo ao cenário atual de tensões e conflitos, especialmente em torno da Ucrânia, remetendo a um momento histórico semelhante à Conferência de Yalta em 1945, onde nações com interesses conflitantes delinearam futuras divisões territoriais na Europa.
Nos Estados Unidos, por sua vez, a visão projetada aponta uma ampliação de poder sobre toda a América do Norte e a Groenlândia, simbolizada pela cor azul no mapa. Essa previsão leva em consideração o papel dos EUA como uma potência hegemônica, particularmente em um contexto de rivalidade crescente com potências como a China.
A China, representada em amarelo, teria sua influência concentrada no Sudeste Asiático, abrangendo não apenas países vizinhos, mas também potências como Japão, Índia e Paquistão. Tal situação poderia servir para solidificar a China como um proeminente jogador na geopolítica global, especialmente em questões econômicas e comerciais.
Entretanto, um aspecto que chama atenção é que regiões estratégicas como a Ásia Central, o Oriente Médio, a África, a América Latina, bem como a Austrália e a Nova Zelândia, não parecem se encaixar em nenhuma dessas esferas delineadas. Essa lacuna sugere um cenário de incerteza e um possível vácuo de poder nessas áreas, que poderiam ser alvo de novas disputas no futuro.
Além disso, Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, já havia comentado a importância das relações entre Pequim e Moscou como um pilar de estabilidade em um mundo repleto de turbulências e incertezas. Essa dinâmica reflete uma tentativa de construção de blocos de poder que podem influenciar decisivamente o rumo da política mundial nas próximas décadas.