Através da medição da velocidade de propagação de ondas sísmicas geradas por terremotos, os cientistas puderam obter uma espécie de imagem por ultrassom que revelou a estrutura interna do planeta. Este estudo proporcionou a identificação de partes das placas tectônicas oceânicas que submergiram no manto devido à colisão com uma crosta continental, resultando na formação de maciços.
Durante a pesquisa, os geólogos descobriram estruturas misteriosas em locais inesperados, como sob a parte ocidental do oceano Pacífico, onde não havia registro de zonas de subducção na história geológica recente da Terra. Estas anomalias representam um desafio para os cientistas, que ainda não conseguiram determinar exatamente sua origem e composição.
O professor Andreas Fichtner, um dos responsáveis pelo estudo, relatou que a descoberta dessas anomalias é como encontrar uma “artéria na nádega”, pois são estruturas inesperadas e de difícil explicação. As hipóteses levantadas até o momento incluem a presença de material antigo rico em silício, datado de cerca de quatro bilhões de anos, ou a formação de aglomerados de rochas ricas em ferro devido ao movimento da matéria fundida.
Para obter mais respostas sobre essas descobertas, os cientistas concordam que serão necessários novos dados e métodos de pesquisa mais avançados. Por enquanto, as anomalias no manto terrestre continuam sendo um enigma a ser desvendado pela comunidade científica.
Portanto, os estudos sobre a composição do manto terrestre continuam sendo de extrema importância para compreender os processos geológicos que moldam o nosso planeta e poderão trazer novas descobertas e insights sobre a estrutura interna da Terra.