Reunião tensa na Executiva do União Brasil resulta no afastamento de Luciano Bivar da presidência após supostas ameaças de morte.



Em uma reunião marcada por tensão e confronto, a Executiva do União Brasil deliberou nesta quarta-feira o afastamento de Luciano Bivar (PE) da presidência da sigla. O encontro foi marcado por momentos acalorados, com um embate entre Bivar, acusado de fazer supostas ameaças de morte contra o colega Antônio Rueda, e o atual secretário-geral da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto.

Bivar tentou, sem sucesso, declarar a suspeição de alguns membros da cúpula, o que poderia impedi-los de votar, mas sua tentativa foi rejeitada. Ao final da reunião, por 11 votos a 5, a maioria decidiu pelo afastamento de Bivar.

Com essa decisão, Antônio Rueda, atual vice-presidente do partido e dirigente eleito para assumir a liderança da legenda a partir de junho, assume imediatamente a presidência do União Brasil.

A relatora do caso, Professora Dorinha (União-GO), argumentou que diante dos eventos públicos relacionados ao caso e da falta de uma negação categórica por parte de Bivar em relação às ameaças, a destituição do presidente da sigla se fazia necessária como medida cautelar. No entanto, ela se mostrou contrária à expulsão, indicando que essa punição poderia ser considerada ao final do processo.

Durante a reunião, Bivar propôs uma questão de ordem para a exclusão de oito membros da Executiva, argumentando falta de isenção por terem se manifestado contra ele ou admitido intenções de removê-lo da presidência. ACM Neto, principal apoiador de Rueda, se opôs à proposta de Bivar e alegou que ele não poderia decidir a favor de sua própria questão de ordem.

O clima esquentou ainda mais quando a discussão entre Bivar e ACM Neto se intensificou, culminando no corte do microfone de Bivar, que estava participando da reunião por vídeoconferência.

A denúncia contra Bivar também abordou os incêndios que destruíram as casas de praia de Rueda e de Maria Emília Rueda, além da suposta validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem autorização da cúpula do partido.

No sábado, a defesa de Bivar enviou um documento negando todas as acusações, alegando que não fez ameaças de morte contra Rueda e rejeitando qualquer envolvimento nos incêndios. Bivar explicou que ao mencionar a palavra “morto” estava se referindo ao fim de sua amizade com Rueda.

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