REUNIÃO! MP e Defensoria exigem ação imediata para garantir medicamentos a pessoas trans em Alagoas, ameaçando bloquear contas do estado.



Em uma ação exigindo respostas do Estado, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPEAL) manifestaram preocupação com a falta de medicamentos essenciais para pessoas trans que estão em processo de redesignação de sexo. Na última quarta-feira, representantes dessas instituições se reuniram com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para tratar da interrupção no fornecimento de hormônios, imprescindíveis à continuidade do tratamento desses pacientes. A ausência de tais medicamentos tem gerado situações complexas para os indivíduos, tanto em termos de saúde física quanto mental, conforme relatos que chegaram à Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos.

Apesar de a Sesau ter reconhecido formalmente a necessidade de disponibilizar esses medicamentos dentro do guia “Linha de cuidado em saúde integral da população LGBTQIAPN+ no Estado de Alagoas”, a atual carência levanta preocupações significativas. A Clínica da Família Dr. João Fireman, responsável por fornecer esse suporte à saúde, se encontra com estoques zerados, agravando a vulnerabilidade de seus usuários.

Face à possibilidade de um cenário de risco para a saúde daqueles que tiveram seus tratamentos interrompidos, o MPAL e a DPEAL estabeleceram um prazo até o final desta semana para verificar se o compromisso do estado com a distribuição dos medicamentos para homens trans foi devidamente cumprido. O déficit, segundo a Sesau, surgiu por desafios no processo licitatório.

Para as mulheres trans, ficou definido um período de 10 dias para que a secretaria apresente um plano de ação visando adquirir os hormônios necessários, além de estipular um cronograma para a entrega de próteses mamárias, essenciais neste processo.

Se as medidas acordadas não forem realizadas, o MPAL e a DPEAL indicaram que poderão requerer o bloqueio das contas estaduais, conforme permitido pela ação civil pública favorável já em vigor. “Nosso compromisso é assegurar o direito à saúde desta população. Se necessário, recorreremos ao bloqueio dos recursos públicos do estado para garantir o cumprimento da decisão judicial vigente”, afirmou Alexandra Beurlen, promotora responsável pela área dos Direitos Humanos.

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