O perito Nivaldo Cantuária, chefe da Identificação Veicular do IC, destacou a importancia da remoção do ônibus para uma área segura, uma vez que essa é a única maneira de realizar os exames periciais que podem elucidar as causas do acidente. Ele explicou que a melhor estratégia para garantir a segurança de todos os envolvidos e preservar as condições do ônibus é utilizar guindastes de grande porte para o içamento do veículo. Embora os trâmites com as empresas responsáveis já tenham sido iniciados, a operação de remoção ainda não tem previsão de data, aguardando o cumprimento de um processo licitatório.
Em um primeiro momento, havia a possibilidade de deixar o ônibus no local, dado o difícil acesso à região. No entanto, a Justiça de Alagoas decidiu pela retirada do veículo. O Ministério Público argumentou que manter o ônibus na Serra da Barriga violaria o dever do Estado em proteger a vida e a segurança pública, além de comprometer a eficácia da investigação penal e cível. A preocupação se estende também ao meio ambiente, pois o ônibus, se não removido, poderia se transformar em um foco de poluição. Existe o risco de vazamento de combustíveis, óleos lubrificantes e fluidos hidráulicos, substâncias que representam uma séria ameaça à fauna e à flora locais, além de comprometer o lençol freático, especialmente em áreas de preservação ou nas proximidades de mananciais hídricos.
Assim, a operação para a remoção do ônibus se torna uma prioridade não apenas por razões legais, mas também por imperativos ambientais e de segurança pública, refletindo a seriedade com que as autoridades tratam o caso.