A expectativa sobre a produção norte-americana tem variados reflexos entre os delegados da OPEP+. Alguns adotam uma postura mais otimista, acreditando que a volta de Trump ao cargo pode resultar em um aumento na produção de petróleo, o que poderia beneficiar a economia americana. Contudo, há também preocupações significativas sobre o impacto que essa produção pode ter nos esforços da OPEP+ para estabilizar os preços do petróleo. Um delegado, que preferiu não ser identificado, expressou que um aumento na produção poderia ser “prejudicial para nós”.
A OPEP+ enfrenta, atualmente, um desafio crítico: manter os cortes de produção em um cenário de baixa demanda. O equilíbrio entre oferta e demanda é crucial para controlar os preços do mercado, e a dinâmica é vulnerável a mudanças abruptas que poderiam ocorrer caso grandes produtores, como a Rússia ou os EUA, decidam aumentar a oferta. Tal movimentação poderia acentuar a desvalorização dos preços, complicando ainda mais o cenário.
Além disso, Trump já se comprometeu, em diversas ocasiões, a ampliar a produção de petróleo durante seu governo, com o intuito de atender às suas promessas de campanha que visam a conter os altos custos dos combustíveis, um tema que afetou diretamente o cotidiano das famílias americanas, especialmente em tempos de inflação crescente. As ações futuras do novo governo americano, portanto, não só influenciarão os preços do petróleo, como também poderão reconfigurar o poder de barganha da OPEP+ no mercado global, tornando essencial a busca por um equilíbrio que preserve os interesses de todos os envolvidos.
A complexidade desse panorama indica que 2025 pode ser um ano desafiador, com a OPEP+ precisando gerenciar tanto sua influência no mercado quanto as reações à produção potencialmente crescente dos EUA.