A decisão de promover essa conferência faz parte de um pacote de três resoluções elaboradas com o intuito de promover a paz no Oriente Médio. Ao todo, 157 países votaram a favor da criação do Estado palestino, incluindo o Brasil. Por outro lado, apenas oito nações se opuseram a proposta, sendo elas: Argentina, Hungria, Israel, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné e Estados Unidos. Adicionalmente, sete países decidiram se abster da votação: Camarões, República Tcheca, Equador, Geórgia, Paraguai, Ucrânia e Uruguai.
A resolução aprovada ainda apoia a implementação de um cessar-fogo abrangente nas regiões de Gaza e Líbano. De acordo com o texto aprovado, é ressaltada a importância do direito palestino à autodeterminação e reiterado o compromisso com a solução de dois Estados, onde Israel e um Estado palestino possam coexistir pacificamente, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, em conformidade com o direito internacional e resoluções pertinentes da ONU.
A guerra na Faixa de Gaza teve início em outubro de 2023, após o sequestro de mais de 200 pessoas por membros do grupo Hamas em território israelense. Desde então, mais de 44 mil palestinos foram mortos, sendo que 40 mil foram devidamente identificados, com mais da metade dessas vítimas sendo mulheres, crianças e idosos.
A atuação de Israel durante o conflito tem sido alvo de duras críticas, especialmente em relação à proporção de suas ações. Recentemente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant foram acusados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de crimes de guerra, o que resultou na emissão de mandados de prisão internacionais em seus nomes.
Essa decisão da Assembleia-Geral da ONU marca um passo importante na busca pela paz e estabilidade na região do Oriente Médio, ao sinalizar um compromisso com a criação de um Estado palestino e o estabelecimento de um cessar-fogo efetivo em Gaza e no Líbano. A conferência internacional programada para 2025 promete ser um marco na busca por soluções diplomáticas para um dos conflitos mais longos e complexos da atualidade.
